terça-feira, 29 de novembro de 2011

Avaliação Conclusiva - 2º Ano - Ensino Médio

Acredito que não preciso me justificar pela ausência (possivelmente temporária) do Gabarito que corresponde às questões de Gramática

Avaliação Conclusiva – 2º Ano – Literatura – 3º Trimestre
Professora Alcione Lima / Mirela Conceição

Conteúdos:

 Interpretação de texto
 Concordância Verbal e Nominal
 Concordância com a voz passiva,
 Simbolismo
 Vanguardas Europeias
 Obra: O Largo da Palma, de Adonias Filho.

Texto I

SONETO DE FIDELIDADE

De tudo ao meu amor serei atento
Antes e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.
Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou ao seu contentamento.
E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama.
Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

(MORAES, Vinícius de. Antologia poética. São Paulo: Cia das Letras, 1992)
01. A palavra mesmo pode assumir diferentes significados, de acordo com a sua função na frase. Assinale a alternativa em que o sentido de mesmo equivale ao que se verifica no 3º. verso da 1ª. estrofe do poema de Vinícius de Moraes.

a) “Pai, para onde fores, / irei também trilhando as mesmas ruas...” (Augusto dos Anjos)
b) “Agora, como outrora, há aqui o mesmo contraste da vida interior, que é modesta, com a exterior, que é ruidosa.” (Machado de Assis)
c) “Havia o mal, profundo e persistente, para o qual o remédio não surtiu efeito, mesmo em doses variáveis.” (Raimundo Faoro)
d) “Mas, olhe cá, Mana Glória, há mesmo necessidade de fazê-lo padre?” (Machado de Assis)
e) “Vamos de qualquer maneira, mas vamos mesmo.” (Aurélio)

Texto 2

Se compararmos a idade do planeta Terra, avaliada em quatro e meio bilhões de anos (4,5 ´109 anos), com a de uma pessoa de 45 anos, então, quando começaram a florescer os primeiros vegetais, a Terra já teria 42 anos. Ela só conviveu com o homem moderno nas últimas quatro horas e, há cerca de uma hora, viu-o começar a plantar e a colher. Há menos de um minuto percebeu o ruído de máquinas e de indústrias e, como denuncia uma ONG de defesa do meio ambiente, foi nesses últimos sessenta segundos que se produziu todo o lixo do planeta!

02. O texto acima, ao estabelecer um paralelo entre a idade da Terra e a de uma pessoa, pretende mostrar que
a) a agricultura surgiu logo em seguida aos vegetais, perturbando desde então seu desenvolvimento.
b) o ser humano só se tornou moderno ao dominar a agricultura e a indústria, em suma, ao poluir.
c) desde o surgimento da Terra, são devidas ao ser humano todas as transformações e perturbações.
d) o surgimento do ser humano e da poluição é cerca de dez vezes mais recente que o do nosso planeta.
e) a industrialização tem sido um processo vertiginoso, sem precedentes em termos de dano ambiental.

Texto 3
A ERA DO SUSTENTÁVEL

Provavelmente a única chance de salvar efetivamente as florestas tropicais e aqueles que lá vivem é encontrar uma forma para que elas possam coexistir com a lógica do mundo moderno, inclusive no Brasil. Ambientalistas do mundo inteiro reconhecem, no íntimo, que nesses países de enormes desigualdades sociais, onde estão as últimas florestas tropicais intactas, a pressão sobre os recursos naturais é grande e as formas de fiscalização das eventuais leis de proteção são muito frágeis.
Esta lógica significa uma função econômica para a floresta, explorando-a sem destruí-la e sem exaurir seus recursos naturais. É nesta linha que o uso sustentado das florestas ganhou grande força na consciência dos formadores de opinião que defendem o meio ambiente.
É também neste caminho que várias experiências e inúmeras pesquisas estão fervilhando no momento, pelo Brasil e pelo mundo afora. Aqui, vemos o trabalho nas reservas extrativistas, o fornecimento de matéria-prima para a indústria de cosméticos e farmacêutica, a exploração de madeira certificada.
O conceito de uso sustentado dos recursos naturais vai muito além das florestas, para hoje estar incorporado a todas as atividades da humanidade. O reciclar, reutilizar, substituir e otimizar deixaram de ser “moda” para se tornarem obrigação de quem deseja garantir a qualidade das futuras gerações.
(Peter Milko)
03. O pensamento nuclear do texto pode ser expresso do seguinte modo:

a) a exploração das florestas deve ser feita de maneira sustentável, sem que haja perdas futuras com a devastação da reserva natural.
b) para a salvação das florestas tropicais brasileiras, é indispensável definir uma estratégia que possa preservar ecossistemas, como a Mata Atlântica.
c) é indispensável, para a preservação das nossas florestas, a adoção de uma política preservacionista e do aprimoramento da fiscalização.
d) o Brasil precisa adotar urgentemente medidas que estejam no mesmo caminho das inúmeras pesquisas modernas.
e) o futuro de nossas florestas está dependente da adoção de medidas urgentes de preservação ambiental, que só pode ser obtida se for permitido um extrativismo limitado.

04. No título do texto ocorre o seguinte fato gramatical:

a) a modificação de classe gramatical do vocábulo sustentável.
b) o uso indevido de uma forma verbal como substantivo.
c) a utilização de um substantivo por outro.
d) o emprego inadequado de um adjetivo.
e) um erro de concordância nominal.

05. O texto é um editorial de uma revista intitulada Horizonte geográfico. A respeito do conteúdo desse texto é correto afirmar que:

a) trata-se de uma opinião pessoal sustentada por pesquisadores de todo o mundo.
b) refere-se a uma sugestão de atuação na área ambiental para o governo brasileiro.
c) mostra um caminho moderno para o desenvolvimento econômico.
d) apresentado no primeiro parágrafo, o assunto é analisado nos dois seguintes.
e) ainda que argumentativo, o texto carece de uma conclusão.

06. O título do texto fala da “era do sustentável”, referindo-se:

a) a um tempo distante, quando o equilíbrio ambiente / economia estará presente.
b) a um tempo passado, quando as florestas permaneciam intactas.
c) ao momento presente, quando a política da sustentabilidade é dominante.
d) à expressão de um desejo para a preservação das florestas tropicais.
e) a uma época imediatamente futura em que o meio ambiente ficará intacto.


Leia o texto abaixo.

Cabelos longos, brinco na orelha esquerda, físico de skatista. Na aparência, o estudante brasiliense Rui Lopes Viana Filho, de 16 anos, não lembra em nada o estereótipo dos gênios. Ele não usa pesados óculos de grau e está longe de ter um ar introspectivo. No final do mês passado, Rui retornou de Taiwan, onde enfrentou 419 competidores de todo o mundo na 39ª Olimpíada Internacional de Matemática. A reluzente medalha de ouro que ele trouxe na bagagem está dependurada sobre a cama de seu quarto, atulhado de rascunhos dos problemas matemáticos que aprendeu a decifrar nos últimos cinco anos.
VEJA – Vencer uma olimpíada serve de passaporte para uma carreira profissional meteórica?
RUI – Nada disso. Decidi me dedicar à Olimpíada porque sei que a concorrência por um emprego é cada vez mais selvagem e cruel.
Agora tenho algo a mais para oferecer. O problema é que as coisas estão mudando muito rápido e não sei qual será minha profissão. Além de ser muito novo para decidir sobre o meu futuro profissional, sei que esse conceito de carreira mudou muito.
(Entrevista de Rui Lopes Viana Filho à
Veja, 05/08/1998, n.31, p. 9-10)

07. Na pergunta, o repórter estabelece uma relação entre a entrada do estudante no mercado de trabalho e a vitória na Olimpíada.

O estudante

a) concorda com a relação e afirma que o desempenho na Olimpíada é fundamental para sua entrada no mercado.
b) discorda da relação e complementa que é fácil se fazer previsões sobre o mercado de trabalho.
c) discorda da relação e afirma que seu futuro profissional independe de dedicação aos estudos.
d) discorda da relação e afirma que seu desempenho só é relevante se escolher uma profissão relacionada à matemática.
e) concorda em parte com a relação e complementa que é complexo fazer previsões sobre o mercado de trabalho.
Leia a tirinha.

08. Observando as falas das personagens, analise o emprego do pronome SE e o sentido que adquire no contexto. No contexto da narrativa, é correto afirmar que o pronome SE,

a) em I, indica reflexividade e equivale a “a si mesmas”.
b) em II, indica reciprocidade e equivale a “a si mesma”.
c) em III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”.
d) em I e III, indica reciprocidade e equivale a “umas às outras”.
e) em II e III, indica reflexividade e equivale a “a si mesma” e "a si mesmas", respectivamente.

09. As normas de concordância verbal estão plenamente observadas na frase:
a) O que há de mais terrível nas cenas de violência transmitidas pela TV estão nas reações de indiferença de alguns espectadores.
b) Não se devem responder aos sacrifícios humanos com o cinismo de quem se julga superior.
c) Não se levante contra o pessimista as acusações de imobilismo moral e inconsequência política.
d) Ainda que não houvessem outras razões, o surdo idealismo dos pessimistas bastaria para os aceitarmos.
e) Os otimistas não julguem os pessimistas, nem estes àqueles, pois ambos convergem para alguma forma de idealismo.

10. "tornou-se absolutamente claro para mim que eu queria mesmo era escrever em português."
Das frases abaixo, a que contraria a norma culta quanto à concordância
nominal é:
a) Tornou-se clara para o leitor minha posição sobre o assunto.
b) Deixei claros para o leitor meus pontos de vista sobre o assunto.
c) Ficou clara para o leitor minha posição e meus argumentos sobre o assunto.
d) Ficaram claras para o leitor minha posição e argumentação sobre o assunto.
e) Quero tornar claros para o leitor serem estes meus argumentos sobre o assunto.
Leia o trecho a seguir para responder à questão 11.
“Essa lembrança a perseguiu durante bastante tempo, era como uma idéia fixa, hora a hora a rever as notas sobre a cama. Parecia-lhe uma coisa tão venenosa e viva quanto uma víbora ou um escorpião. O dinheiro na cama, sobre o lençol, nele refletido o desprezo do homem. E como se aquele dinheiro pudesse compensar a ingratidão e resgatar a mocidade e a vida que a ele dera em troca de alguma coisa. Tudo, dera tudo mesmo em troca de nada.”

11. O trecho acima, pertencente à obra de Adonias Filho, “O Largo da Palma”, é um recorte da cena que aconteceu na novela ________________; com os personagens ______________________.
a) A pedra; Cícero Amaro, Zefa e Flor.
b) Um corpo sem nome; Narrador e a Morta no Largo da Palma
c) Os enforcados; Ceguinho da Palma e Valentim.
d) O largo de branco; Eliane, Odilon e Geraldo.
e) A moça dos pãezinhos de queijo; Gustavo e Célia

Leia o trecho a seguir para responder à questão 12.
“O povo, após o alarido que provocou ao mover-se para ver o cortejo, retornou ao silêncio. Todos os olhos na forca de madeira de lei, enorme, muito alta. Ninguém, nem mesmo um anãozinho, tinha como perder o espetáculo. E o cego, sentindo o sol na pele, com o rosto suado pelo calor, de tudo tomava conhecimento pela voz de Valentim. A voz de um homem emocionado, sem dúvida, que gaguejava um pouco, mas ainda assim a voz de Valentim. Era ele, afinal, quem via.”

12. A assertiva, que se relaciona de forma coerente com o período acima, está presente na letra:
a) “Não, ninguém a reconheceu! Foi para o cemitério como a morta do Largo da Palma. Apenas isso.”
b) “E, única vez em toda a vida, agradeceu à Santa da Palma ter ficado cego.”
c) “Tenho meu negócio e tenho a minha casa. Que você, pois, fique de uma vez por todas com suas putas!”
d) “Pareceu-me que, ao entrar no largo, vinha de uma longa viagem.”
e) “Os olhos, agora, estão bem abertos. O sol como se faz mais forte para aquecer o seu próprio coração. E calculando certo, deve faltar meia hora para o encontro.”

Na novela “Um corpo sem nome”, de Adonias Filho, há um encontro inesperado entre um homem (o narrador) e uma moribunda. Leia o trecho:

“Eu a vejo e parece que vem de longa viagem. O Largo da Palma, tão quieto e assim vazio de gente, talvez seja agora o mais tranqüilo recanto de Salvador da Bahia. [...] O largo seria apenas isso não fosse a mulher que vem tropeçando muito, talvez bêbada ou uma epiléptica, quase a alcançar a escadaria do pátio da igreja. Cai, estremecendo, em silêncio.”
[...] A morta, ali no chão, me leva tão longe no tempo que revejo o corredor, estreito e comprido, na penumbra. O fio vinha do alto e a lâmpada tão fraca que era menos que a luz de uma vela. Oito ou dez quartos, de um e de outro lado, como cárceres numa prisão.
Ali as mulheres se deitavam com os homens e, quando o colega do armazém me levou pela primeira vez –– para que, pela primeira vez, me tornasse homem no corpo de uma mulher –– , vi alguém como esta que acabou de morrer no Largo da Palma. [...]”

13. Este encontro inesperado o fez relembrar

a) de sua promessa de não mais atender a pacientes fora do horário de trabalho.
b) sua mãe no leito de morte, pedindo a ele que vivesse dignamente.
c) a primeira esposa que falecera na flor da idade.
d) de uma amante que tivera aos 17 anos e que residia na Ladeira da Montanha.
e) fatos que viveu aos 18 anos, quando foi convidado por um amigo para conhecer uma casa de mulheres.

O trecho abaixo serve de base para responder à questão 14.

“Assim, de riso em riso, de palavra em palavra, o amor feriu o coração de Cícero Amaro. E no momento mesmo já não entendeu como conseguira gostar de Zefa, viver com a negra, suportá-la, possuí-la naquele jirau tão diferente da cama de Flor. Razão tinha o povo, razão demais, quando falava das lindas raparigas da Bahia. E ela, Flor, sendo uma delas, podia ter os seus luxos, era verdade. Queria-o de cara raspada, com a barba bem-feita, no banho de perfume. E tinha os seus dengues, Flor! Exigia beijos no pescoço, nas palmas das mãos, nas pontas dos dedos. Tamanha a paixão que, mentindo descaradamente para Zefa, dizendo sempre que estava no Mercado Modelo a sondar um negócio, quase se mudou para o quarto de Flor. Amor violento, amor muito violento. E Flor, nuinha, a exclamar:
– Sou teu pecado.
Amor tão violento, porém, durou por aí uns sete dias. No primeiro dia, Flor pediu uma pulseira de ouro. No segundo, Flor nada pediu. No terceiro, Flor pediu os brincos e cinco contos de réis. No quarto, sem que pedisse, Flor ganhou três belos vestidos de seda. No quinto, Flor pediu o anel. No sexto dia – bem, no sexto dia, com o seu mundo já criado -, e quando pediu mais cinco contos de réis, Flor descobriu que ele quase já não tinha dinheiro. Então, com seriedade e grosseria, Flor disse:
– Agora, seu besta, dê o fora!
– Mas Flor!
– Dê o fora.”

14. Depois de ser abandonado por Flor, Cícero Amaro:

a) Saiu a fim de arranjar um pouco dinheiro para voltar à sua vida de garimpeiro em Jacobina
b) Foi perdoado por Zefa, prometendo a ela amor e fidelidade eterna.
c) Bebeu um veneno que pôs fim a todas as suas dores e mágoas.
d) Foi residir com sua filha, genro e neta, a qual ele tanto amava.
e) Cometeu um crime hediondo do qual foi condenado à forca.

15. Marque nos trechos a seguir aquele que não corresponde à novela “Um avô muito velho”.
a) “Agora, no Largo da Palma, era como se a memória estivesse no coração. Cansado ou enfraquecido, assim após setenta anos, doía ainda o velho coração quando de Aparecida se lembrava.”
b) “Cinema e circo, sim, eram as suas diversões. E foi num circo, o “Grande Circo Europeu”, já começando a surgir um ou outro cabelo branco porque aos quarenta anos de idade, que conheceu Verinha.”
c) “Certeza tenho agora de que vinha de tão longa viagem, mas de tão longa viagem que a morte não a interrompeu. Em delírio, já criatura de um mundo que não o nosso, entre cores e luzes, a morte não a matou porque morreu fora do corpo. E, por isso, não morreu no Largo da Palma.
d) “A filha, Maria Eponina, nasceu no quarto em que agora dormia com Chico Timóteo, o marido.”
e) “Chico Timóteo tanto era um rapaz e tanto que, em três anos tudo fazia e providenciava como se fosse um sócio. Homem de bem, devoto de Conceição da Praia como a mãe, sobretudo um homem de paz.”

O texto que segue aponta características do Simbolismo.

"Nem a idéia clara, nem o sentimento preciso, mas o vago do coração, o indeciso dos estados da alma."

16. Com base nessas propostas, aponte o excerto que pertence a esse movimento estético.
a) "Era um casarão sombrio, a casa da fazenda. Além de escura e abafada, recendia a um cheiro esquisito".
b) "A catedral ebúrnea do meu sonho/ Aparece na paz do céu risonho/
Toda branca de sol".
c) "Lá nas areias infindas, das palmeiras do país, /Nasceram – crianças lindas,/ Viveram - moças gentis..."
d) "Pois direi-me agora da grandeza, com que já me tendes ameaçado, desta província chamada Brasil, ou Terra de Santa Cruz".
e) "Vontade de dormir. Fumaça de chaminé transformada em lençol branco, cama macia de fazer água na boca."

17. Das características da obra de Cruz e Souza indicadas abaixo, a única que, sendo de cunho pessoal, foge aos modelos simbolistas é:
a) culto da imprecisão, do misterioso e do vago.
b) exploração consciente da musicalidade das palavras.
c) lirismo impregnado de tom dramático e humanitário.
d) presença de vocabulário com palavras raras e expressivas.
e) tentativa de superação no transcendental e no místico.

18. Assinale a alternativa que não se refere ao Simbolismo.
a) Na busca de uma linguagem exótica, colorida, musical, os autores não resistem, muitas vezes, à idéia de criar novos termos.
b) Ocorre grande interesse pelo individual e pelo metafísico.
c) Há assuntos relacionados ao espiritual, místico, religioso.
d) Nota-se o emprego constante de aliterações e assonâncias.
e) Busca-se uma poesia formalmente perfeita, impassível e universalizante.
19. Referente à obra de Adonias Filhos, O Largo da Palma, é correto afirmar que

(01) o mundo se move a partir do Largo da Palma, com seus casarões, suas ruas, pois os espaços públicos mais que os particulares marcam os eventos que compõem esta novela.
(02) na novela “A pedra” há embasamento histórico relacionados à Revolução dos Alfaiates (1798).
(04) na novela “Um corpo sem nome”, uma crítica social, no instante em que a cafetina expulsa uma das moças do bordel por ela “não dar no couro”, não arranjar mais homem.
(08) ao término da novela “A moça dos pãezinhos de queijo”, ocorre um milagre advindo do amor dos personagens: Gustavo volta a ouvir.
(16) na novela “Um avô muito velho”, há temas polêmicos como eutanásia; amor extremado x sofrimento da amada; morte Provocada
(32) embora a narração dos fatos enfatize sempre os aspectos psicológicos, interiores, o decurso temporal é cronológico, com pequenos flashes de volta ao passado (por exemplo: a morte do pai de Célia, a doença da mãe de Gustavo).

20. No que tange as Vanguardas Europeias é incorreto afirmar que:

(01) o Futurismo tem como características: desvalorização da tradição e do moralismo; pinturas com uso de cores vivas e contrastes; sobreposição de imagens, traços e pequenas deformações para passar a idéia de movimento e dinamismo.
(02) o Expressionismo pretende transmitir nas suas obras, o ritmo e o espírito prático da sociedade. O Futurismo, sendo um movimento artístico que transmite força, movimento, agressividade e extravagância, relacionou-se bem com este clima de guerra vivido em toda a Europa.
(04) O dadaísmo opõe-se ao equilíbrio, utilizando a ironia e o pessimismo. Para criar maior sarcasmo os artistas utilizavam por vezes, a fotomontagem.
(08) o Cubismo foi profundamente ligado a uma filosofia de pensamento e ação, em que a liberdade era extremamente valorizada. Tendo por tons predominantes o preto e o branco; luz e sombra dos cubos.
(16) o Surrealismo pretendia explorar a força criativa do subconsciente, valorizando um anti-racionalismo, a livre associação de pensamentos e os sonhos, norteado pelas teorias psicanalíticas de Freud.
(32) com suas formas geométricas representadas, na maioria das vezes, por cubos e cilindros, a arte cubista rompeu com os padrões estéticos que primavam pela perfeição das formas na busca da imagem realista da natureza.



Gabarito – 2º Ano
Questões Respostas
11. Resposta letra: D
12. Resposta letra: B
13. Resposta letra: E
14. Resposta letra: A
15. Resposta letra: C
16. Resposta letra: B
17. Resposta letra: E
18. Resposta letra: E
19. Resposta letra: (01) + (04) + (16) + (32) = 53
20. Resposta letra: (02) + (08) = 10

Avaliação Conclusiva - 1º Ano - Ensino Médio

Acredito que não preciso me justificar pela ausência (possivelmente temporária) do Gabarito que corresponde às questões de Gramática

Avaliação Conclusiva – 1º Ano – Literatura – 3º Trimestre
Professora: Alcione Lima/ Mirela Conceição

Conteúdos:
 Interpretação de texto
 Estrutura e flexão verbal
 Vozes verbais
 Romantismo: poesia
 Obra: Cadernos Negros: Os cem melhores poemas.

Texto 1

ENFIM, AS FÉRIAS


Férias, plural de féria, significava em latim os dias especiais consagrados à celebração religiosa. Féria – singular - teve em feira sua corruptela, passando a significar dia comum, como se vê nos dias da semana. Mas, a etimologia em nada revela o significado atual, pois o conceito de férias vem-se modificando através dos anos, mudando radicalmente de sentido, agora no fim da primeira década do terceiro milênio. Agora, nesta ruidosa década, significa correria, disputa por lugares em aviões e hotéis, excursões numerosas, aumento de população flutuante nas localidades turísticas, de forma desordenada, gerando, com isso, desconforto, desordem e insatisfação generalizada. Nenhum de nós é capaz de pensar em curtir dias de lazer simples, de leituras leves ou aprofundadas, ou simplesmente, descansar, pensar e rever o que fez durante o ano: refletir é proibido. Parece que no momento que abandonamos a rotina, temos medo de olhar para trás, para dentro de nós mesmos, de nos vermos sem a bengala rotineira do trabalho ou das obrigações cotidianas que balizam nossas ações durante o ano. A rotina é a muleta de apoio para enfrentarmos a vida. Muitas pessoas declaram que até mesmo suas pequenas férias semanais, o domingo, é o dia mais triste da semana.

CARVALHO, Nelly. Opinião. Jornal do Commercio. p.13. 07.01.2011.

01. Segundo a autora, na atualidade,
a) as pessoas valorizam mais as férias, relaxando mais
b) o conceito de férias tem-se modificado de forma radical.
c) poucos são os que viajam durante as suas férias.
d) férias significa época de atividades muito organizadas.
e) durante as férias, as pessoas tendem a se solidarizar com os outros.

02. Em uma das passagens do texto, a autora refere-se à atual década como sendo
a) a muleta de apoio.
b) ruidosa.
c) um momento de reflexão.
d) época de correria.
e) uma fase de atividades ordenadas.

03. Quando a autora se utilizou do trecho “Refletir é proibido”, ela quis afirmar que
a) durante as férias, de um modo geral, as pessoas param para rever o seu passado.
b) cotidianamente, a humanidade aprecia muito refletir sobre os seus gestos e suas ações.
c) não somente nas férias mas durante todo o ano, existe uma tendência humana em refletir sobre os fatos vividos.
d) as pessoas, durante as férias, atropelam seus gestos e ações e não se permitem parar para refletir sobre o seu passado.
e) à exceção de poucos, a reflexão é algo quase em desuso em qualquer época do ano.

04. Existe uma passagem do texto em que a autora se reporta à rotina como algo de grande relevância à vida humana. Sobre ela, a autora afirma que
a) é algo abominável entre as pessoas.
b) as ações rotineiras enriquecem o homem.
c) a quebra da rotina durante as férias torna os homens inseguros.
d) todo indivíduo rejeita fortemente atividades rotineiras.
e) nem sempre a rotina é benéfica à vida humana.

Observe os verbos dos itens abaixo:
I. “gerando, com isso, desconforto, desordem e insatisfação generalizada.”
II. “...significava em latim os dias especiais ...”.
III. “...no momento que abandonamos a rotina ...”.
IV. “...a etimologia em nada revela o significado atual ...”.
05. Sobre eles, assinale a alternativa que contém a justificativa CORRETA.
a) No item I, o verbo exige complemento regido de preposição.
b) No item II, o verbo exige dois complementos: um regido de preposição e o outro não.
c) No item III, o complemento do verbo abandonamos não vem regido de preposição.
d) No item IV, o verbo não exige complemento.
e) Tanto o verbo do item I como o do item IV não exigem complemento.

Texto 2
RESPONSABILIDADE DO MOTORISTA NO TRÂNSITO


O trânsito brasileiro ainda faz, todos os anos, muitas vítimas nas rodovias de todo o país. O problema é grave e requer educação e mais rigor na aplicação da lei. No último feriado, muitas pessoas morreram nas estradas; a maioria por uso de bebidas alcoólicas e excesso de velocidade.
Dom Odilo Pedro Scherer falou ao Canção Nova Notícias, recordando que “os acidentes no trânsito são, muitas vezes, causados pela bebida e, por isso mesmo, é preciso fazer de tudo para evitar que esta seja a causa dos acidentes. Evidentemente, é preciso evitar todos os outros motivos que possam causar acidentes".
Disse ainda que “é uma grave responsabilidade pegar o carro, levar pessoas e colocar em risco as suas vidas por alguma falta de cuidado, por isso, até mesmo a revisão do carro é preciso. De toda maneira, o cuidado com o álcool é importante, porque colocar em risco a própria vida e a vida de outras pessoas é sempre grave”. E recordou que “a Santa Sé, através do Pontifício Conselho Justiça e Paz, divulgou, há algum tempo, os mandamentos do trânsito, e que aqui, no Brasil, também foram divulgados.
“Observar os mandamentos no trânsito é muito importante para que nós possamos respeitar a própria vida e respeitar a vida das outras pessoas.”

SCHERER, Dom Odilo Pedro. Responsabilidade do motorista no trânsito. Disponível em: . Acesso em: 16 dez. 2010. Adaptado.

06. É uma afirmativa sem comprovação no texto a expressa em
a) A banalização da vida é a causa de muitos acidentes, já que medidas de precaução para se trafegar, com a devida segurança, nas rodovias do país nem sempre são adotadas.
b) As leis do trânsito prescindem de excesso de rigor e vigilância na sua aplicabilidade, pois ninguém quer perder sua vida nem complicar-se por causar dor aos outros.
c) O uso de bebidas alcoólicas e o excesso de velocidade são as causas mais frequentes dos óbitos registrados nas rodovias brasileiras.
d) O Brasil dispõe boa legislação para o trânsito, mas precisa objetivar meios que eduquem, de fato, os motoristas.
e) A revisão de um carro, por exemplo, constitui um cuidado com a própria vida e com a de seus semelhantes.

Observe o trecho a seguir:

“‘os acidentes no trânsito são, muitas vezes, causados pela bebida e, por isso mesmo, é preciso fazer de tudo para evitar que esta seja a causa dos acidentes. ’” (linhas de 7 a 10)

07. A análise desse fragmento da fala de Dom Odilo permite afirmar:

a) “no trânsito” e “às vezes” são circunstâncias que denotam ideias equivalentes.
b) “mesmo” é imprescindível na frase por reforçar o termo que introduz a causa do que foi afirmado antes.
c) “para evitar” é uma oração que equivale a um substantivo.
d) “que” é um conectivo oracional que introduz, no período, uma oração com valor adjetivo.
e) “dos acidentes” mantém relação sintática com o substantivo “causa”, complementando-lhe o sentido.

Texto 3

RICOS SÃO MAIS EGOÍSTAS

Pelo menos é o que concluiu um estudo feito pela universidade da Califórnia, do qual participaram 115 pessoas de várias classes sociais. Na experiência, os voluntários foram agrupados em duplas para jogar um jogo. Cada pessoa recebia 10 créditos e tinha de decidir quantos deles iria doar ao parceiro. Os voluntários ricos doaram 44% a menos do que os pobres. Segundo os psicólogos, isso supostamente acontece porque, como os indivíduos pobres enfrentam mais dificuldades no dia a dia, estão acostumados a se ajudar para sobreviver – o que seria menos frequente entre os ricos.

RICOS são mais egoístas. Superinteressante, São Paulo:
Abril, ed. 285, p.18, dez. 2010. Supernovas.


08. A respeito do fato noticiado, o provérbio que melhor se aplica ao ocorrido nesse estudo feito pela universidade da Califórnia, tanto em relação à conduta dos ricos quanto à dos pobres, é o indicado na alternativa

a) “Quanto mais rico mais ridículo.”
b) “Santo de casa não faz milagres.”
c) “O hábito é uma segunda natureza.”
d) “Quem dá aos pobres empresta a Deus.”
e) “Quem com porcos se mistura farelos come.”

09. Leia a seguinte passagem na voz passiva: “O receio é substituído pelo pavor, pelo respeito, pela emoção...” Se passarmos para a voz ativa, teremos:
a) O pavor e o respeito substituíram-se pela emoção e o receio.
b) O pavor e o receio substituem a emoção e o respeito.
c) O pavor, o respeito e a emoção são substituídos pelo receio.
d) O pavor, o respeito e a emoção substituem o receio.
e) A emoção e o receio são substituídos pelo pavor.

10. (Uerj)

Os aliados não querem romper o namoro com FHC – querem é namorar mais.
Veja, São Paulo, 18 de agosto. 1999.

A comparação entre as palavras sublinhadas anteriormente demonstra que o significado geral de “expressar ação” não é suficiente para identificar o verbo como classe gramatical, já que namoro consta do dicionário como “ato de namorar”. Para diferenciar o verbo do substantivo, por exemplo, seria necessário considerar, além do sentido de ação, a seguinte características que só os verbos possuem:

a) terminação em r
b) flexão de tempo, modo e pessoa
c) presença indispensável à frase
d) anteposição de um substantivo
e) flexão de número


Texto I
A história do Brasil está, sem dúvida, misturada à história da escravidão. Embora estudiosos de história não concordem com a data exata da chegada dos primeiros escravos, é possível dizer que nos seus quinhentos anos de existência, o Brasil tem funcionado sem escravos por menos de cento e cinquenta anos. Nos restantes trezentos e cinquenta, o país se fez à custa do suor e do sangue dos negros que chegavam às praias brasileiras, emergindo da travessia do Atlântico nos porões dos navios negreiros, nos quais só sobreviviam os mais fortes. Essa força negra de resistência física e cultural é cantada na obra Cadernos Negros. Nesse livro, além da apresentação de uma identidade negra diversa da “literatura oficial”, há também um convite a novas lutas. Isso porque os negros brasileiros continuam ocupando os lugares mais baixos na escala social, a sofrerem humilhações e discriminações diárias por serem negros e, apesar de haver, nesse país, maioria negra e mulata, os ideais de beleza continuam sendo louros, as melhores posições dentro das empresas ainda são ocupadas por brancos, e a mortalidade infantil entre a população negra é mais alta.

11. As ideias focalizadas no texto I e nos poemas de “Cadernos Negros” têm comprovação no seguinte fragmento
a) De mim
parte um canto guerreiro
um voo rasante, talvez rumo norte
caminho trilhado da cana-de-açúcar
ao trigo crescido, pingado de sangue
do corte do açoite. Suor escorrido
da briga do dia
que os ventos do sul e o tempo distante não podem ocultar. b) Eu fêmea-matriz.
Eu força-motriz.
Eu-mulher
abrigo da semente
moto-contínuo
do mundo.

c) Quem
em sã consciência
joga fora o veneno guardado no
pote da vida, sem derramar uma
gota no copo da gente
d) Hoje me falta o verso
como falta pão e farinha
Na mesa do meu irmão.
Meu estômago poético ronca
Dá nó a tripa da inspiração
Uns com tanto e outros sem saber como.
e) Parece que vai chover
e eu não musiquei
o poema em que digo: te amo!
Se vestirem de cinza nossas vidas,
eu jamais farei a tal canção.
Em tempos fechados de chuva,
só declaro amor ao Sol;


TEXTO II
FAÇA A COISA CERTA:
Filme de Spike Lee

— Vive falando que preto isso, preto aquilo, e seus favoritos são pretos.
— É diferente. Magic, Eddie, Prince não são pretos. Digo, não são negros. Quero tentar explicar. Não são negros de verdade. São mas não são muito. São mais que negros.
— É diferente?
— Pra mim é.
— No fundo, você queria ser negro.
— Que merda é essa?
(...)
— Ria o quanto quiser, mas seu cabelo é mais pixain que o meu.
(...)
— Ando ouvindo, e lendo (...) tenho lido sobre os seus líderes. Reverendo Al Sharpton Jesse, “Mantenha a Esperança” (...) E tem outro (...) Pastor Farrakhan. Esse tal de Farrakhan sempre fala de um tal dia quando os negros se insurgirão. “um dia, reinaremos na terra como em nosso passado glorioso.” Verdade? Que passado? Perdi alguma coisa?
— Criamos a civilização.
— Continua sonhando. Aí você acordou.

TEXTO III
RAÇA & CLASSE

Nossa pele teve maldição de raça
e exploração de classe
duas faces da mesma diáspora e desgraça
Nossa dor fez pacto antigo com todas as estradas do
mundo e cobre o corpo fechado e sem medo do sol
Nossa raça traz o selo dos sóis e luas dos séculos
a pele é mapa de pesadelos oceânicos
e orgulhosa moldura de cicatrizes quilombolas.
Jamu Minka

12. Considerando o texto de Cadernos Negros como comprovação do que se questiona no filme, pode-se afirmar:

a) A construção de identidade apresentada no primeiro texto está relacionada, principalmente, à cultura de massa.
b) Os textos II e III apresentam uma espécie de mito fundacional (as raízes africanas, a imigração forçada para a América) baseado na identificação de um povo original (os africanos).
c) O texto II apresenta a tese do branqueamento pela qual passaram alguns negros na história, além de revelar que certos traços étnicos também servem como comprovação das raízes africanas.
d) Tanto o filme, no trecho apresentado, quanto o poema explicitam que a história do negro não é conhecida por todos.
e) Os dois textos revelam uma postura de resistência da raça negra. O filme apresenta a dicotomia negros X brancos, seus conflitos e tensões desembocando num ato que envolve pessoas da comunidade e os responsáveis por cuidar da ordem e, no poema, os negros, nos quilombos revelavam sua negação à escravidão.

13.

MANDELA
I
Nenhum cárcere pode prender, entre paredes de pedra e musgo, a música das passeatas, a voz rebelde dos jovens, o beijo de amor das mulheres no rosto negro dos homens, a aurora do novo mundo nos bairros de lata e pólvora.
II
Não, nenhum cárcere tira dos homens os sonhos de liberdade. Os sonhos desafiam as armas, o fogo não os dilacera, os homens vertem o sangue mas seguem a luta cantando.
III
Ah, senhores, que túmulo de merda será o vosso, que vermes vos roerão na morte amarga e sonora, que alvos dragões defecarão em vossa carne. Nenhuma estupidez escraviza o negro ao branco e permanece impune.
IV
Qual cárcere pode prender o etéreo aroma da flor, o horrível rugido da fera, um róseo brilho de fogo, o carinho de uma criança nas mãos rugosas de um velho?
V
Pisa, Sul da África, a nívea pele dos oceanos de brancura, invade as ricas cidades, derruba os prédios malditos, a música da vitória acorda todos os povos, seguiremos teu exemplo de luta e dignidade.
VI
Não, nenhum cárcere detém o crepúsculo ou impede a marcha sangrenta das horas.

(BARBOSA. Márcio. Cadernos Negros: os melhores poemas/organizador Quilombhoje. São Paulo: Quilombhoje, 1998, p.100-101.)

Com base no poema ou na obra Cadernos Negros, é verdadeiro o que se afirma na seguinte alternativa:

a) O poema se divide de forma criteriosa e condizente com as normas consagradas da poesia canônica. Apesar de não haver rimas ricas, o texto segue uma metrificação.
b) Mandela e outros tantos líderes negros aparecem na coletânea como exemplos de bravura e de resistência. Há no livro, uma desconstrução da história oficial, sempre escrita pela ótica do opressor.
c) O trecho “Não, nenhum cárcere detém o crepúsculo ou impede a marcha sangrenta das horas.” mostra o interesse do poema pela luta armada. O sentido denotativo utilizado pelo poeta aparece em tal expressão.
d) O texto alude à prisão vivenciada por Mandela na África do Sul. O poema saúda o tom de revanche que se instaurou na África, após a libertação do líder. Mandela instigou nos sul-africanos um sentimento de ódio e ressentimento, uma espécie de “racismo às avessas”.
e) Buscando chegar de forma direta e convincente nos leitores, o poema usa uma linguagem simples e coloquial, acentuando assim o seu aspecto proselitista. A Poesia aparece como uma arma do oprimido contra o opressor, que será o leitor potencial do texto.


14.
PARA OUVIR E ENTENDER "ESTRELA"
(Cuti)
Se o Papai Noel
não trouxer boneca preta
neste Natal
meta-lhe o pé no saco!

Está presente no texto:

a) Uma visão irreverente sobre a comemoração do Natal. Há uma afirmação do natal como festa eminentemente branca, por isso a reação do eu poético.
b) Uma visão favorável ao caráter consumista que se faz presente nas tradicionais festas religiosas, de maneira geral.
c) Um eu lírico provavelmente afrodescendente, que se dirige, provavelmente, a um interlocutor também afro-descendente. Ele instiga uma reação à realidade discriminatória presente na sociedade.
d) Ironia em relação a um elemento pertencente ao ícone capitalista presente no texto, com a expressão “meta-lhe o pé no saco!”. Esta ironia, tira do texto o seu caráter literário.
e) A temática do racismo e da exclusão social. Estes temas norteiam toda a coletânea dos Cadernos Negros. Os autores sempre trabalham a questão racial de forma ostensivamente radical.

15.

“Teu romantismo bebo, ó minha lua,
A teus raios divinos me abandono,
Torno-me vaporoso... e só de ver-te
Eu sinto os lábios meus se abrir de sono.”

Neste excerto, o eu lírico parece aderir com intensidade aos temas de que fala, mas revela, de imediato, desinteresse e tédio. Essa atitude do eu lírico manifesta a:
a) ironia romântica
b) tendência romântica
c) melancolia romântica
d) aversão dos românticos à natureza
e) fuga romântica para o sonho

16.
Se uma lágrima as pálpebras me inunda,
Se um suspiro nos seios treme ainda,

É pela virgem que sonhei...que nunca
Aos lábios me encostou a face linda!

(Álvares de Azevedo)

A característica do Romantismo mais evidente nesta quadra é:
a) o espiritualismo
b) o pessimismo
c) a idealização da mulher
d) o confessionalismo
e) a presença do sonho

Leia o poema a seguir para responder à questão 17.
Pálida, à luz da lâmpada sombria,
Sobre o leito de flores reclinada,
Como a lua por noite embalsamada,
Entre as nuvens do amor ela dormia!

Era a virgem do mar! Na escuma fria
Pela maré das águas embaladas!
Era um anjo entre nuvens d’alvorada
Que em sonhos se banhava e se esquecia!”

17. No poema do exercício anterior, observamos que a mulher aparece frequentemente na poesia de Álvares de Azevedo como figura:
a) Sensual
b) Concreta
c) Próxima
d) Natural
e) inacessível

18. Marque a alternativa que não caracteriza a estética romântica:
a) Subjetivismo
b) Primado do sentimento
c) Culto à natureza
d) Pessimismo
e) Objetivismo

19.CADERNOS NEGROS
Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia
Me envia mensagens de orum
Meus dentes brilham na noite escura
Afiados como o agadá de Ogum
Eu sou descendente de Zumbi
Sou bravo valente sou nobre
Os gritos aflitos do negro
Os gritos aflitos do pobre
Os gritos aflitos de todos
Os povos sofridos do mundo
No meu peito desabrocham
Em força em revolta
Me empurram pra luta me comovem
Eu sou descendente de Zumbi
Zumbi é meu pai e meu guia
Eu trago quilombos e vozes bravias
dentro de mim
Eu trago os duros punhos cerrados
Cerrados como rochas
Floridos como jardins
CADERNOS NEGROS LINHAGEM ASSUMPÇÃO, C. de. Linhagem. In: QUILOMBHOJE (Org.). Cadernos Negros: os melhores poemas. São Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 31.

Sobre o sujeito poético, nesse poema, é correto afirmar:
(01) Situa-se na esfera de um ser envolvido comum a religiosidade tradicional africana.
(02) Aparece como uma figura multifacetada, que tende a acentuar tanto a igualdade quanto a diferença entre ele e Zumbi.
(04) É fruto de um nascimento predestinado, que tem como objetivo de vida a preservação de sua individualidade.
(08) Herda uma condição adversa, mas tem consciência de que nasceu para alterar a ordem encontrada.
(16) Revela-se um ser ambivalente, que não permanece ligado ao tempo e ao espaço que lhe deram origem.
(32) Assume uma posição coletiva com ideal de pacificação social e imposição de uma crença mítica.
(64) Confessa que as suas características advêm de sua origem e dela resulta uma espécie de missão que ele tem de cumprir.

20. OUTRA NEGA FULÔ


O sinhô foi açoitar
a outra nega Fulô
- ou será que era a mesma?
A nega tirou a saia
a blusa e se pelou
O sinhô ficou tarado,
largou o relho e se engraçou.
A nega em vez de deitar
pegou um pau e sampou
nas guampas do sinhô.
- Essa nega Fulô!
Esta nossa Fulô!,
dizia intimamente satisfeito
o velho pai João
pra escândalo do bom Jorge de Lima,
seminegro e cristão.
E a mãe-preta chegou bem cretina
fingindo uma dor no coração.
- Fulô! Fulô! Ó Fulô!
A sinhá burra e besta perguntava
onde é que tava o sinhô
que o diabo lhe mandou.
- Ah, foi você que matou!
- É sim, fui eu que matou –
disse bem longe a Fulô
pro seu nego, que levou
ela pro mato, e com ele
aí sim ela deitou.
Essa nega Fulô!
Essa nega Fulô!


SILVEIRA, O. Outra nega fulo. Cadernos negros:
os melhores poemas. São Paulo: Quilombhoje, 1998. p. 109-110.

Com base no poema, é verdadeiro o que se afirma nas seguintes proposições:
(01) O título do poema contextualizado – Outra nega Fulô – conduz a uma leitura de que a relação senhor/escrava persiste nos mesmos moldes escravistas dos séculos passados.
(02) O verso 12 - “ Esta nossa Fulô ! “ – reiterado no final do poema, evidencia um sujeito-poético afro-brasileiro, com suas idéias e sentimentos .
(04) Os versos 13-14 e 17-18 apresentam, sob outra forma perspectiva, uma reconfiguração do caráter bondoso do “pai João” e da “mãe preta”, figuras presentes no imaginário brasileiro.
(08) O poema dialoga explicitamente com a conhecida obra ”Essa nega Fulô”, escrita pelo poeta Jorge de Lima .
(16) O uso de uma linguagem simples, informal, e a rejeição à gramática normativa constituem características da poética moderna presentes no texto.
(32) O poema reitera o estereótipo depreciativo da “Nega Fulô”, que se deita com o “sinhô”.
(64) A mulher negra, no poema, aparece como um objeto sexual do seu “sinhô”.



Gabarito – 1º Ano
Questões Respostas
11. Resposta letra: A
12. Resposta letra: C
13. Resposta letra: B
14. Resposta letra: C
15. Resposta letra: A
16. Resposta letra: C
17. Resposta letra: E
18. Resposta letra: E
19. Resposta letra: (01) + (08) + (64) = 73
20. Resposta letra: (02) + (04) + (08) + (16) = 30

domingo, 27 de novembro de 2011

Meus "anjinhos" estão crescendo...

Ah! Vocês eram tão miudinhos...

Não me esqueço de cada olhar em nosso primeiro encontro...

Hoje, vocês estão ligados, confiantes e certos de que vivemos um para ajudar o outro...



Amo vocês do jeitinho que são...

O fim de mais uma etapa...

Amigos Meus

Toquinho

Amigos meus está chegando a hora
Em que a tristeza aproveita pra entrar
E todos nós vamos ter que ir embora
Pra vida lá fora continuar.

Tem sempre aquele que
Toma mais uma no bar
Tem sempre um outro que
Vai direitinho pro lar .

Mas tem também
Uma sala que está vazia,
Sem luz, sem amor, sombria,
Prontinha pro show voltar.

E em novo dia
A gente vê novamente
A sala se encher de gente
Pra gente comemorar.

Avaliação Conclusiva - 9º Ano

Avaliação Conclusiva – 3º Trimestre
8ª Série – Língua Portuguesa

Leia o texto a seguir para responder às questões 01 a 03.
AS COMUNICAÇÕES SOB O IMPACTO DA INFORMÁTICA
Um consórcio de empresas jornalísticas norte-americanas acaba de inaugurar em Boston, EUA, um avançado laboratório de informática, destinado não apenas a experimentar alternativas eletrônicas para o jornal impresso, como também imaginar estratégias que possibilitem a sobrevivência da imprensa na próxima virada do século. Instalado dentro do Media Lab, importante centro de pesquisas e de inovações no campo dos meios de comunicação, o laboratório, batizado de News in the Future (As Notícias do Futuro), deverá testar pilotos e protótipos de veículos jornalísticos informatizados, destinados à distribuição pela via telefônica ou por redes de fibras óticas, e ao acesso em computadores ou dispositivos semelhantes, através de recursos interativos e multimidiáticos hoje já utilizados no universo da informática.
Os motivos que conduziram à criação do News são fáceis de se avaliar. Estatísticas recentes têm demonstrado que as gerações mais jovens (ou seja, o público com menos de 35 anos) lêem cada vez menos jornal impresso em todo o mundo e se consideram suficientemente informadas com as notícias que recebem através do rádio e da televisão. Na verdade, elas não estão de todo erradas. A televisão é mais rápida e mais ágil no manejo das notícias, além de trazer a informação já devidamente condensada e ajustada a uma geração que tem pressa. Ademais, as novas gerações praticam uma linguagem que é ainda estranha aos jornais e revistas semanais de informação.
Hoje se fala em realidade virtual, ciberespaço, hipermídia, correio eletrônico. Os jornais, em contrapartida, ainda são objetos físicos, distribuídos todas as manhãs por uma multidão de jornaleiros que lembra os antigos entregadores de pão e leite. Enquanto isso, estima-se que cerca de vinte milhões de pessoas em todo o mundo acessem as redes de informação on line. Um sistema informal de ligação de mais de seis mil redes de computadores – chamado Internet – coloca aos seus usuários o maior número de informações já acumulado em uma só fonte. E a televisão a cabo amplia seu alcance: os novos sistemas de cabo que agora começam a ser implantados têm capacidade para distribuir nada menos que quinhentos canais de televisão por cidade. Não é difícil imaginar que boa parte dos canais de cabo, dentro de algum tempo, serão dedicados exclusivamente ao jornalismo.

01. “Um consórcio de empresas jornalísticas norte-americanas...”; o adjetivo “norte-americanas” concorda com o substantivo “empresas”. O item abaixo, que apresenta um caso errado de concordância nominal, é:

a) É proibido a utilização de softwares pirateados.
b) É necessário ficarmos alerta diante das falsificações.
c) Os computadores têm preços o mais baratos possível.
d) Os manuais estão em anexo aos disquetes.
e) Os usuários luso-brasileiros têm dificuldades com a língua inglesa

02. “... acaba de inaugurar em Boston...”; o item abaixo que equivale semanticamente a este segmento do texto é:

a) ... vem de inaugurar em Boston...
b) ... há de inaugurar em Boston...
c) ... tem inaugurado em Boston...
d) ... termina por inaugurar em Boston...
e) ... está inaugurando em Boston...

03. A finalidade da criação do avançado laboratório de informática, citado no primeiro parágrafo, é, segundo o texto:

a) procurar meios substitutivos do jornal impresso;
b) detectar estratégias convenientes à sobrevivência do jornal impresso;
c) montar estratégias de combate ao jornal impresso e procurar meios de substituí-lo;
d) substituir eletronicamente o jornal impresso, mantendo a sobrevivência da imprensa;
e) pesquisar alternativas para o jornal eletrônico e manter a imprensa viva.

04. Indique a opção que preenche corretamente as lacunas do texto.
É preciso que a discussão da reforma tributária ___________ norteada pela mesma premissa básica que inspirou várias propostas de reforma, defendidas tanto pelo Executivo como pelo Congresso, a partir do final de 1997. Por divergentes que ____________, tais propostas partiram todas do mesmo diagnóstico. De que a reforma que _________ necessária ________ a eliminação dos tributos cumulativos, bem como do IPI, ICMS e ISS, e a introdução de uma forma de taxação indireta, centrada em esquema amplo e coerente de impostos sobre valor adicionado. A grande questão - e é nisso que as propostas ________- é como fazer essa mudança.
a) volta a ser, tenham sido, fazia-se, requer, divergissem
b) volte a serem, fossem, se fez, requeresse, divergiram
c) volte a ser, tenham sido, se fazia, requeria, divergem
d) volte sendo, eram, se faria, requeriam, divergirão
e) voltem a ser, tivessem sido, fazia, requerem, diverge

O texto abaixo serve de base para responder às questões de 05 a 08.

“A reação mais comum das pessoas diante da criminalidade é um sentimento de revolta e medo. O que difere é a forma como cada um lida com o problema. Alguns acreditam que não há como escapar quando a violência bate à sua porta. A saída é entregar todos os seus pertences e torcer para que não haja nenhum tipo de violência física. Outros imaginam que é possível reagir, enfrentar o bandido e vencê-lo. São essas pessoas que portam armas ou as têm guardadas em casa para se proteger. Quem é a favor do porte e do uso desses instrumentos sustenta que, se eles fossem proibidos, os bandidos reinariam absolutos contra o cidadão já indefeso pela ineficiência da polícia. Outra argumentação é que os delinqüentes sempre escolhem como vítimas os que são incapazes de resistir. A arma teria um efeito preventivo ao criar algum grau de dificuldade. Por mais razoáveis que pareçam, esses argumentos são apenas frações da verdade. As estatísticas policiais revelam que andar armado nem sempre é sinônimo de estar protegido. Ao contrário. Usar uma arma, mais do que perigoso, pode ser letal - especialmente quando se tenta reagir a um assalto”.

05. ...entregar todos os seus pertences. ...os delinqüentes escolhem suas vítimas. Substituindo-se os termos grifados pelos pronomes correspondentes, a forma correta será:
a) entregá-los - escolhem-nas
b) entregá-los - escolhem elas
c) entregar-lhes - escolhem-as
d) entrega-lhes - escolhem-nas
e) entregá-los - escolhê-las

06. ...como cada um lida com o problema. A mesma regência exigida pelo verbo grifado está na frase:
a) é um sentimento de revolta e medo.
b) entregar todos os seus pertences.
c) os que são incapazes de resistir.
d) a arma teria um efeito preventivo.
e) quando se tenta reagir a um assalto.

07. A concordância, nas frases adaptadas do texto, está feita em desrespeito à norma culta em:
a) As reações mais comuns são sentimentos de revolta e medo.
b) A diferença está nas formas como alguns lidam com os problemas.
c) Os dados indicam que o uso de armas podem ser perigosos, resultando em graves ferimentos.
d) Nem sempre é possível, para uma vítima, reagir contra os bandidos e dominá-los.
e) A saída é torcer para que não haja agressões físicas durante os jogos.

08. O bandido tem .......... seu favor o elemento surpresa e a vítima, geralmente indefesa, nem sempre resiste ........ agressão pois, se o fizer, poderá ser ferida ou mesmo morta .......... tiros. As lacunas da frase apresentada estão corretamente preenchidas por:

a) a - à - à
b) a - à - a
c) a - a - a
d) à - à - a
e) à - a - à

Leia o texto abaixo para responder às questões de 09 a 15.
SÓ DÓI QUANDO EU RIO
Só fico à vontade
na minha cidade.
Volto sempre a ela,
feito criminosa...
Doce e dolorosa,
a minha história escorre aqui.
Há quem não se importe
mas a Zona Norte
é feito cigana
lendo a minha sorte:
sempre que nos vemos
ela diz quanto eu sofri.
E Copacabana,
a linda meretriz-princesa.
Loura Mãe de Santo
com sua gargantilha acesa...
ela me ensinou pureza e pecado,
a respiração do mar revoltado...
Rio de Janeiro, favelas no coração.

09. Há uma afirmação FALSA a respeito do texto na opção:

a) a cidade do poeta é apresentada como um ser vivo;
b) Copacabana deu ao poeta lições de vida opostas;
c) no título há uma ironia;
d) uma parte da cidade tem predominância de ciganos;
e) é forte a ligação do autor com a sua cidade.

10. Sobre Copacabana, encontra apoio no texto o seguinte comentário:

a) a expressão “meretriz-princesa” (verso 14) ressalta seus aspectos positivos;
b) a expressão “loura Mãe de Santo” (verso 15) destaca seu catolicismo;
c) a expressão “gargantilha acesa” (verso 16) refere-se a suas joalherias;
d) a expressão “pureza e pecado” (verso 17) constitui uma oposição de sentido;
e) no penúltimo verso o poeta refere-se a um afogamento.

11. O sinal grave indicador da crase está corretamente empregado na locução “à vontade” (verso 1), o que NÃO ocorre com a locução sublinhada em:

a) falávamos à respeito de privatização;
b) à medida que o tempo passa, a crise aumenta;
c) estava à espera de vocês;
d) vive às custas do pai;
e) saiu às escondidas.
12. Em “Há quem não se importe” (verso 7), está correta a colocação do pronome “se”, assim como a do pronome sublinhado em:

a) Deus abençoe-te, meu filho!
b) tem comportado-se muito mal aquele jogador;
c) poderia-se adiar esse encontro para a próxima semana;
d) os rebeldes não entregar-se-iam facilmente;
e) para ajudar-me, era capaz de tudo.

13. Em “sempre que nos vemos, ela diz...” (versos 11, 12), o verbo “ver” está no presente do indicativo. No futuro do subjuntivo, exigiria a seguinte construção:

a) sempre que nos veremos, ela dirá;
b) sempre que nos virmos, ela dirá;
c) sempre que no veríamos, ela diria;
d) sempre que nos víssemos, ela diria;
e) sempre que nos vermos, ela dirá.

14. Em “sempre que nos vemos”(verso 11) e “volto sempre a ela” (verso 3), os pronomes pessoais estão empregados segundo as normas do português escrito culto. Entre os exemplos abaixo, o que também está de acordo com essas normas é:

a) ela trouxe o livro para mim ler;
b) entre eu e você tudo acabou;
c) não estou lhe reconhecendo;
d) parece que o filme não o agradou;
e) estivemos muito próximos, mas não lhe vi o rosto.

15. O verbo da frase “ela me ensinou pureza e pecado” (verso 17) apresenta a mesma regência do que aparece sublinhado em:
a) pouco me importa o resultado;
b) não me atraem esses passeios;
c) lembrei-me do ocorrido;
d) o boletim nada me informou de novo;
e) ocorreu-me uma idéia.

QUESTÕES RELACIONADAS AO LIVRO “O melhor poeta da minha rua” DE José Paulo Paes

“Guerra, sexo, esporte
- me dá tudo, tudo
Vou pregar minha porta:
Já não preciso do mundo.”

16. A estrofe acima foi retirada do poema “A televisão” – pág. 77. Reflita sobre ela e assinale a alternativa correta.

a) A estrofe quer revelar a falta de empatia entre o telespectador e a televisão.
b) O fragmento reintegra o que a televisão retirou dos telespectadores.
c) A estrofe faz alusão à alienação que a televisão cria nos telespectadores.
d) A estrofe, assim como no poema, não revela a dependência que a televisão cria nos telespectadores.
e) O poema é uma metáfora, e não faz nenhuma comparação com a realidade brasileira.

17. No poema “Altos e baixo” (pág. 83), o eu lírico revela uma tragédia. Assinale a alternativa que melhor descreve esta tragédia.

a) Um homem que andava olhando para o céu e atinge a testa numa trave violentamente.
b) Um homem que não aceita a traição da sua amada e comete suicídio, drasticamente, na Avenida Paulista.
c) Uma mulher, bonita e fútil, que decide fugir de casa com o verdureiro, deixando dois seus filhos sem amparo e proteção materna.
d) O eu lírico não revela nenhuma tragédia, e sim a intenção de um homem viver nas nuvens, segundo ele, perto de Deus.
e) Um homem anônimo e seu melhor amigo que decidem viajar de bicicleta e são cruelmente atropelados.

18. O poema “Ao shopping center”, revela uma prática do ser humano muito presente na contemporaneidade. Qual seria esta prática?

a) A prática de viver distante do shopping Center, comprando tudo pela internet.
b) À liberdade que o ser humano atinge quando se entrega ao consumo e vai às compras em um lugar fechado.
c) A falta de liberdade de ir ao shopping, devido ao grande excesso de trabalho.
d) A prática forma preconceituosa de que o ato de comprar é típico das mulheres, em especial paulistanas.
e) Ao excesso de liquidações, em especial antes das férias natalinas.

19. A linguagem do livro “O melhor poeta de minha rua” é enfatizada através de:
a) Aspectos conotativos, com o uso predominante da linguagem figurada.
b) Aspectos formais da língua portuguesa.
c) Aspectos predominantemente não-verbais.
d) Aspectos da linguagem padrão.
e) Aspectos estritamente denotativos.

20. Os poemas do livro “O melhor poeta de minha rua” são estruturados em:
a) Estrofes e versos
b) Prosa com formação de versos.
c) Prosa com formação de parágrafos.
d) Estrofes em prosa
e) Somente em uma única estrofe.

Gabarito
Questões Respostas
01. Resposta letra: A
02. Resposta letra: A
03. Resposta letra: D
04. Resposta letra: C
05. Resposta letra: A
06. Resposta letra: E
07. Resposta letra: C
08. Resposta letra: B
09. Resposta letra: D
10. Resposta letra: C
11. Resposta letra: A
12. Resposta letra: E
13. Resposta letra: B
14. Resposta letra: E
15. Resposta letra: D
16. Resposta letra: C
17. Resposta letra: A
18. Resposta letra: B
19. Resposta letra: A
20. Resposta letra: A

Avaliação Conclusiva - 8º Ano

Avaliação Conclusiva – 3º Trimestre
7ª Série – Língua Portuguesa

Leia o texto a seguir para responder às questões 01 a 03.

Senhor Superintendente,
Tendo sido designado por Vossa Senhoria para apurar as denúncias de irregularidades ocorridas no aeroporto de Marília, submeto à apreciação de Vossa Senhoria o relatório das diligências que nesse sentido efetuei.
No dia 23 de julho de 1988 dirigi-me ao senhor Raimundo Alves Correia, encarregado do aeroporto daquela cidade, para que permitisse fosse interrogado o funcionário João Romão, acusado de ter furtado uma máquina de escrever Olivetti n. 146.801, pertencente ao patrimônio do aeroporto. O acusado relatou-nos que realmente havia levado a máquina para casa na sexta-feira 18 de março de 1988 apenas para executar alguma tarefa de caráter particular. Não a devolveu na segunda-feira, dia 21 de março, porque faltou ao serviço por motivo de doença. Quando retornou ao serviço dia 28 de março, devolveu a máquina. A doença do acusado está comprovada pelo atestado que segue anexo ao presente relatório; a devolução da máquina no dia 28 de março foi confirmada pelo senhor Raimundo Alves Correia.
Do exposto conclui-se que me parece infundada a acusação. Não houve vontade de subtrair a máquina, mas apenas negligência do acusado em levar para casa um bem público para executar tarefa particular. Foi irresponsável. Não cometeu qualquer ato criminoso.
Não me convence seja necessário impor-se a instauração de processo administrativo. O funcionário deve ser repreendido pela negligência que cometeu. É o que me cumpre levar ao conhecimento de Vossa Senhoria.
Aproveito a oportunidade para apresentar-lhe protestos de minha distinta consideração.

01. A finalidade principal do texto é:
a) orientar o superior na tomada de uma decisão;
b) documentar oficialmente um ato irregular;
c) discutir um tema polêmico;
d) fornecer dados para uma investigação;
e) indicar funcionários passíveis de punição.

02. Não consta(m) do relatório lido:
a) o cargo da autoridade a quem é dirigido;
b) o relato dos fatos ocorridos;
c) uma preocupação literária do autor;
d) as conclusões dos fatos analisados;
e) uma fórmula de cortesia final.

03. “Tendo sido designado por Vossa Senhoria...”; esta oração inicial do texto tem valor:
a) concessivo;
b) temporal;
c) conclusivo;
d) causal;
e) consecutivo.

Analise as afirmações a seguir:
I. "As palavras, paralelamente, iam ficando sem vida. Já a oração era morna, depois fria, depois inconsciente..."
II. "Nas feiras, praças e esquinas do Nordeste, costuma-se ferir a madeira com o que houver à mão: gilete, canivete ou prego. Já nos ateliês sediados entre Salvador e o Chui, artistas cultivados preferem a sutileza da goiva ou do buril."
III. "Ele só se movimenta correndo e perdeu o direito de brincar sozinho na rua onde mora - por diversas vezes já atravessou-a com sinal fechado para pedestres, desviando-se de motoristas apavorados."

04. Nos textos acima, o termo já exprime, respectivamente, a idéia de:
a) tempo, causalidade, intensificação.
b) oposição, espaço, tempo.
c) tempo, oposição, intensificação.
d) intensificação, oposição, tempo.
e) tempo, espaço, tempo.

Observe o trecho a seguir para responder às questões de números 05 e 06. “Destes últimos, porém, mais da metade acabou financiando a repressão...”

05. No trecho acima, a conjunção “porém” pode ser considerada:

a) causal e expressa sentido de causa.
b) adversativa e expressa sentido de oposição.
c) alternativa e expressa sentido de opção.
d) aditiva e expressa sentido de junção.
e) consecutiva e expressa sentido de conseqüência.

06. Sem que haja alteração de sentido e de posição na frase, a conjunção “porém” pode ser substituída por:

a) contudo ou pois.
b) mas ou todavia.
c) portanto ou contudo.
d) contudo ou entretanto.
e) logo ou contudo.

O texto a seguir serve de base para responder às questões 07 a 13.

HUMANISMOS E ANTI-HUMANISMOS

Ciência e técnica se têm revelado, na sociedade atual, inadequadas a proporcionar ao homem meios para a sua autêntica realização. Mais ainda:
utilizadas como estão, têm conspirado contra a felicidade humana. E a nova geração de intelectuais, cientistas e jovens, nos últimos vinte anos, tem sido porta-voz da frustração, do medo, do protesto contra a invasão da ciência e da técnica.
Enquanto há anos atrás era difícil encontrar um nome de cientista que levantasse dúvida sobre a validez total de seu trabalho, hoje ocorre exatamente o contrário: não se conhece um só nome de grande cientista que acredite incondicionalmente no poder total da ciência e da técnica para resgatar o homem de seus males e torná-lo completamente feliz. Cientistas e pensadores não escondem seu ceticismo e sua preocupação com os resultados da ciência e da técnica.
Acontece que este clima de desconfiança, insatisfação e pavor não se nota só entre os cientistas e sábios; ele está já se alastrando entre o povo e sensibilizou especialmente os jovens, sobretudo os estudantes. O fato de que as manifestações mais clamorosas de seu protesto pertençam ao passado não significa que ele tenha perdido em intensidade e universalidade. Muito pelo contrário: o terror dos anos 70 é filho direto do protesto dos anos 60.
Note-se bem: o protesto, a recusa por parte dos cientistas, dos intelectuais em geral e dos jovens não é propriamente contra a ciência e a técnica em si, mas contra sua valorização exclusiva, contra uma sociedade que pretende construir-se unicamente sobre estas pilastras, sem levar em conta outras exigências e componentes humanos que a ciência e a técnica não podem satisfazer.

(Pedro Dalle Nogare)

07. Na introdução do texto, o autor declara que a ciência e a técnica se têm revelado inadequadas na realização do homem. Isto porque:
a) elas têm conspirado contra a felicidade humana.
b) nenhum cientista moderno acredita piamente no poder da ciência.
c) os cientistas estão céticos quanto aos resultados da ciência e da técnica.
d) deixam de lado algumas exigências e componentes humanos.
e) atingem não só cientistas e técnicos, mas também os jovens.

08. “Ciência e técnica se têm revelado...”; a forma verbal desse segmento do texto mostra uma ação:

a) que se iniciou em passado próximo e terminou no presente.
b) que se repete no passado e se interrompe no presente.
c) repetida com continuidade até o presente em que falamos.
d) completamente passada.
e) que se iniciou no presente com continuidade hipotética no futuro.

09. “...não escondem seu ceticismo...”: no texto, um sinônimo adequado para o vocábulo sublinhado é:

a) confiança
b) descrença
c) negativismo
d) cinismo
e) ateísmo

10. “Acontece que este clima de desconfiança, insatisfação e pavor não se nota só entre cientistas e sábios;...”; após um segmento textual em que está presente a expressão “não só”, pode-se prever um segmento seguinte com o valor de:

a) oposição
b) concessão
c) causa
d) adição
e) comparação

11. “...especialmente os jovens, sobretudo os estudantes...”; entre os vocábulos “jovens” e “estudantes” estabelece-se, respectivamente, uma relação de:
a) geral / específico
b) específico / geral
c) formal / informal
d) nacional / regional
e) popular / erudito

12. “O fato de que as manifestações mais clamorosas de seu protesto pertençam ao passado não significa que ele tenha perdido em intensidade e universalidade.”; em outras palavras, pode-se dizer que:

a) os protestos estudantis mais clamorosos pertencem ao passado, perdendo em intensidade e universalidade.
b) apesar de os protestos estudantis terem perdido em intensidade e universalidade, eles continuam bastante clamorosos no presente.
c) o fato de os protestos de estudantes não terem perdido em intensidade e universalidade é comprovado pelas manifestações clamorosas do passado.
d) os protestos estudantis não perderam em intensidade e universalidade apesar de suas formas mais clamorosas já pertencerem ao passado.
e) o fato de os movimentos estudantis pertencerem ao passado faz com que os vejamos hoje com a mesma intensidade e universalidade de outrora.

13. “o terror dos anos 70 é filho direto do protesto dos anos 60.”; pode-se dizer que entre os elementos citados nesse segmento do texto há uma relação respectiva de:

a) causa / efeito
b) fato / explicação
c) conseqüência / fato
d) antecedente / conseqüente
e) tempo / espaço

14. Assinale a opção em que a afirmação a respeito da pontuação adequada para o texto está incorreta.

“Para medir o efeito de uma nova tecnologia é preciso avaliar em que medida ela dá mais eficiência aos processos de produção das empresas. A era do vapor deslocou a produção do lar para a fábrica(1) com a eletricidade(2) surge a linha de montagem. Agora(3) com computadores e Internet(4) a possibilidade de as empresas reformularem(5) seus processos é surpreendente(6) da aquisição de insumos à descentralização e à terceirização”.
(Adaptado de Negócios Exame, páginas 94, 95).

a) É correto colocar um sinal de ponto e vírgula em (1).
b) Em (2), (3) e (4) é correto colocar vírgulas.
c) Pode-se optar por travessões, parênteses ou vírgulas em (3) e (4).
d) Em (5) há exigência do uso de vírgula.
e) Pode-se colocar vírgula ou travessão em (6).

15. Qual das seqüências abaixo jamais admitirá, de acordo com as nossas gramáticas, o emprego de duas vírgulas?

a) O irmão meu que estava doente não chegou na hora.
b) Mesmo que tu chegues atrasado José não deixes de trazer as revistas que te emprestei sábado último.
c) A mulher se divide em quatro partes cabeça tronco membros e espelho.
d) Jamais lhe poderei dizer que isto se passou na casa de uma das mais tradicionais famílias da região os Mesquitas.
e) A muito custo após algumas horas disseram que não haviam chegado os impressos para formalizar a petição.

QUESTÕES RELACIONADAS AO LIVRO “CIDADÃO DE PAPEL” DE GILBERTO DIMENSTEIN
Assinale a alternativa que completa o espaço dos fragmentos abaixo:
16. “A taxa de _______________________ de um país é calculada verificando-se, entre mil crianças nascidas vivas, quantas morrem antes de completar um ano de vida.” (p. 59, 22ª edição)

a) natalidade infantil
b) mortalidade infantil
c) desnutrição
d) analfabetismo infantil
e) analfabetismo funcional

17. “ [...] o Congresso aprovou, em 1990, pela Lei nº 8.069, ___________________, documento que estabelece em detalhes a responsabilidade do Estado, da família e da sociedade no cumprimento de todos direitos da criança e do adolescente.” (pag. 34, 22ª edição)
a) a Comissão Parlamentar de Inquérito
b) a Organização Mundial do Trabalho
c) a Organização Mundial da Saúde
d) a Constituição Federal
e) o ECA – Estatuto da Criança e do Adolescente

18. “A _________________ é resultado de um processo contínuo de carência alimentar. Quando se ingerem menos calorias (energia) do que o necessário para o seu desenvolvimento, a criança não cresce direto, e seu organismo tem menos condições de enfrentar os inimigos que o invadem na forma de vírus e bactérias.” (pág. 74, 22ª edição)
a) nutrição infantil
b) mortalidade infantil
c) desnutrição infantil
d) natalidade infantil
e) procedência alimentar

19. “A __________________ foi criada com o anseio de democratizar a educação superior, de prosperar grupos que pedem mais vagas nas universidades federais e estaduais e de facilitar o ingresso das chamadas “minorias””. (pág. 142, 22ª edição)

a) UNESCO – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultural.
b) política de cotas
c) Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
d) LDB – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Básica
e) pesquisa do Saeb – Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica

20. “A _____________________ se reflete na configuração urbana: favelas e prédios luxuosas dividem o mesmo espaço. Em pesquisa publicada em 2007, segundo o IBGE, a desigualdade entre ricos e pobres no país caiu em relação ao ano anterior, mas ainda o mantém entre as nações com distribuição mais desigual do mundo.” (pág. 83, 22ª edição)

a) discriminação racial
b) desigualdade racial
c) mobilidade social
d) desigualdade social
e) pesquisa populacional

Gabarito – 7ª Série
Questões Respostas
01. Resposta letra: A
02. Resposta letra: C
03. Resposta letra: D
04. Resposta letra: C
05. Resposta letra: B
06. Resposta letra: D
07. Resposta letra: D
08. Resposta letra: C
09. Resposta letra: B
10. Resposta letra: D
11. Resposta letra: A
12. Resposta letra: D
13. Resposta letra: C
14. Resposta letra: D
15. Resposta letra: D
16. Resposta letra: B
17. Resposta letra: E
18. Resposta letra: C
19. Resposta letra: B
20. Resposta letra: D

Avaliação Conclusiva - 7º Ano (Completa)

Avaliação Conclusiva – 3º Trimestre
6ª Série – Língua Portuguesa

Leia o texto a seguir para responder às questões 01 a 07.

A vida é difícil para boa parte dos baianos. Saber disso nos ajuda porque nos poupa da autopiedade. Ter pena de si mesmo é uma viagem que não leva a lugar nenhum. A autopiedade, para ser justificada, nos toma um tempo enorme na construção de argumentos e motivos para nos entristecermos com uma coisa absolutamente natural: nossas dificuldades.
Não vale a pena perder tempo se queixando dos obstáculos que têm de ser superados para sobreviver e para crescer. É melhor ter pena dos outros e tentar ajudar os que estão perto de você e precisam de uma mão amiga, de um sorriso de encorajamento, de um abraço de conforto; assim como fizeram as famílias vizinhas ao prédio que desabou no dia 9 de novembro, deste ano, no bairro periférico de Massaranduba, aqui em Salvador. O resgate foi realizado, graças ao auxílio dos moradores que informaram o número de vitimas e suas possíveis localizações.
Segundo a Defesa Civil, 15 pessoas foram soterradas, já o Corpo de Bombeiros fala em três vítimas. No imóvel havia um ponto comercial vago no térreo e, nos dois andares de cima, moravam duas famílias. Vizinhos, entretanto, alegam que há mais de três pessoas embaixo dos escombros. Duas pessoas já foram resgatadas, com ferimentos no peito e na cabeça, ambas foram levadas ao hospital. Muitas destas famílias receberam apoio dos moradores vizinhos que ofereceram, além de alimento e abrigo, estímulos psicológicos de coragem e incentivo, o que demonstrou em ações e em palavras, capacidades de resolverem não apenas os seus problemas, mas os de outros que, por razões diversas, estavam impossibilitados.
Muitas pessoas vivem a se queixar de suas condições desfavoráveis, culpando as circunstâncias por suas dificuldades ou fracassos. As pessoas que se dão bem no mundo são aquelas que saem em busca de condições favoráveis e se não as encontram se esforçam por criá-las. Enquanto você acreditar que a vida é um jogo de sorte vai perder sempre. A questão não é receber boas cartas, mas usar bem as que lhe foram dadas. Não vendo apenas que você tem problemas, mas vendo suas capacidades de resolvê-los.

01. Segundo o texto, evitamos a autopiedade quando:
a) aprendemos a nos comportar em sociedade.
b) nos dispomos a ajudar os outros.
c) passamos a ignorar o sofrimento.
d) percebemos que não somos os únicos a sofrer.
e) buscamos o apoio adequado.

02. Para o autor, o mais importante para a pessoa é:
a) perceber o que ocorre à sua volta.
b) ter pena das pessoas que sofrem.
c) buscar conforto numa filosofia ou religião.
d) esforçar-se para vencer as dificuldades.
e) estar ciente de que, quando menos se espera, surge a dificuldade.


03. A autopiedade, segundo o autor:
a) é uma doença.
b) é problema psicológico.
c) destrói a pessoa.
d) não pode ser evitada.
e) não conduz a nada.

04. A vida é comparada a um jogo em que a pessoa:
a) precisa de sorte.
b) deve saber jogar.
c) fica desorientada,
d) geralmente perde.
e) não pode fazer o que quer.

05. A superação das dificuldades da vida leva:
a) à paz
b) à felicidade
c) ao equilíbrio
d) ao crescimento
e) à auto-estima

06. Os sentimentos que levam à superação das dificuldade são:
a) fé, tolerância, abnegação
b) amor, desapego, tolerância
c) caridade, sensibilidade, otimismo
d) fé, tolerância, bom humor
e) amor, tolerância, alegria

Toda Menina Baiana
Gilberto Gil
Toda menina baiana tem
Um santo que Deus dá
Toda menina baiana tem
Encantos que Deus dá
Toda menina baiana tem
Um jeito que Deus dá
Toda menina baiana tem
Defeitos também que Deus dá [...]
07. O verbo “tem” é classificado de acordo com a transitividade em:
a) verbo de ligação
b) verbo transitivo direto
c) verbo intransitivo
d) verbo transitivo indireto
e) verbo transitivo direto e indireto.

08. A oração “Toda menina baiana tem um jeito que Deus dá”, apresenta

I. Predicado nominal
II. Adjuntos adnominais: toda; baiana
III. Objeto direto: um jeito
IV. Núcleo do objeto: Deus
V. Núcleo do sujeito: Menina
São corretas as proposições:

a) I e II
b) I e III
c) II e III
d) I, IV e V
e) II, III e V

09. Relacione as colunas a fim de indicar corretamente a função sintática dos termos destacados nas orações a seguir.
( ) “O sapo reuniu todos os seus parentes[...]” (1) Adjunto adnominal
( ) “O sapo ficou zangado.” (2) Adjunto adverbial
( ) “O coelho vivia zombando do sapo.” (3) Predicativo do sujeito
( ) “Vamos correr amanhã [...]” (4) Objeto indireto
( ) “Chegou à margem do rio exausto [...]” (5) Objeto direto
A sequência correta é:

a) 5; 3; 4; 2; 1
b) 3; 2; 4; 3; 1
c) 4; 3; 2; 1; 5
d) 2; 5; 4; 3; 1
e) 1; 3; 4; 2; 5


10. Dê a função sintática dos pronomes em destaque: O.D. (objeto direto) e O.I. (Objeto indireto).
• Ela estima-o muito.
• Admiro-te há muito tempo.
• Ninguém nos chamou
• Desejo-lhes felicidades.
A sequência correta é.

a) OD; OI; OD; OI
b) OI; OI; OI; OD
c) OD; OD; OD; OI
d) OI; OD; OD; OI
e) OD; OD; OI; OD

11. Classifique o predicado na sequência.
PV –Predicado Verbal PN - Predicado Nominal
Ser baiano é tudo de bom.
O ser humano continua otimista.
O verão chegou!

a) PV; P.N; PV
b) PN; PV; PV
c) PN; PN; PN
d) PN; PN; PV
e) PV; PV; PN.

12. Classifique os adjuntos adverbiais de acordo com a circunstância apresentada.
• Gabriela e Lorena falaram que a pesquisa sobre a cultura baiana foi muito bem desenvolvida.
• Felizmente, o esforço de Lucas foi reconhecido pela professora.
• Aqui é o nosso país!
• Pollyana sempre acha uma maneira de fazer o melhor por seus trabalhos.
Assinale a sequência correta.
a) Modo – tempo- causa – afirmação
b) Intensidade – modo – lugar – tempo
c) Intensidade – lugar – lugar – intensidade
d) Tempo – afirmação – lugar – tempo.
e) Instrumento – negação – assunto – tempo.
13. Sobre adjunto adverbial, é certo afirmar que:
I – Sua classificação é a mesma dos advérbios.
II – É o termo que indica as circunstâncias em que se dá a ação verbal.
III – É um termo invariável, não sofre alterações de gênero nem de número.

a) Apenas I é a correta.
b) I e II são as corretas.
c) Apenas III é a correta.
d) Apenas II é a correta.
e) Todas são corretas.

14. Na frase: Alguns alunos não irão ao teatro no dia da culminância do projeto, o termo destacado é:
a) adjunto adverbial
b) adjunto adnominal
c) núcleo do sujeito
d) predicativo do sujeito
e) objeto direto


LEIA E ANALISE

15. Na oração “Precisava ver isto”, o termo destacado é
a) objeto direto
b) adjunto adverbial
c) objeto indireto
d) predicativo do sujeito
e) adjunto adnominal

QUESTÕES RELACIONADAS AO LIVRO “NÓ NA GARGANTE” DE MIRNA PINSKY.
16. No capítulo “A viagem”, o eu lírico revela a origem dos pais de Tânia, ou seja, de onde eles eram e o que seu José fez até os quinze anos. Assinale a alternativa que corresponde a essa resposta.

a) eles eram do Ceará e seu José trabalhava lavoura.
b) eles eram de São Luís e seu José trabalhava na pesca.
c) eles eram da Bahia e seu José apenas estudava.
d) eles eram do Mato Grosso do Sul e seu José trabalhava como pedreiro.
e) eles eram da Bahia e seu José trabalhava na pesca.

17. O que aconteceu no capítulo “Na praia” que deixa Tânia feito um “pimentão”?

a) Ela tomou muito sol e, mesmo negra, ficou toda vermelha.
b) D. Matilde descobriu que ela não sabia ler e a repreendeu.
c) Pedrinho, ao vê-la na praia, gritou seu apelido “Taniarelha”, que ela tinha adquirido na escola, porque, segundo os colegas, falava demais.
d) Pedrinho descobriu seu esconderijo - uma cabana feita por ela e Juliana na mata – e revelou para todos da escola.
e) Pedrinho gritou seu apelido “Taniarelha” e D. Matilde ouviu. Logo ela a defendeu e repreendeu Pedrinho pela brincadeira sem graça.

18. No capítulo “O encontro” Pedrinho convida Tânia para ir ao caminho do morro. O que eles foram fazer lá?

a) Eles foram colher abricó numa árvore batuta que descobriu no caminho do morro.
b) Eles foram brincar de amarelinha escondidos.
c) Ele ia caçar passarinhos e ela catar folhas secas para sua cabana.
d) Eles foram ler livro de histórias juntos e distantes das outras pessoas.
e) Eles foram ver a parte superior do mar, pois lá tinha uma vista muito bonita, coisas que Tânia nunca tinha visto.
19. Vários temas são tratados na obra Nó na garganta. Relacione cada tema a uma frase dita por uma personagem da história e assinale a alternativa que representa a sequência correta:
a) preconceito racial ( ) “- Tou uma arara com a turma. Com a Luísa e todo mundo que te tratou mal, ontem.” (p.71)
b) preconceito social ( ) “- Eu sou bonita! Como eu sou bonita!” (p.83)
c) solidariedade ( ) “- Uma vez por ano até escravo tem vez!” (p.81)
d) descoberta de si (identidade) ( ) “Juliana estava mesmo muito brava com o irmão. Ofendendo aquela amiga que ela tinha acabado de fazer e que tinha ideais tão boas para brincaram.” (p. 33)
e) amizade ( ) “- Teu pai é empregado. Tua mãe é empregada. Eles estão aí pra servir.” (p. 81)
a) C,D,A,E,B
b) C,D,B,A,E
c) A, C, D, E, B
d) E, B, A, D, C
e) D, B, A, E, C

20. Assinale a alternativa que define o tipo de narrador de Nó na garganta:

a) Narrador-personagem: narra em primeira pessoa e participa da ação que está sendo contada.
b) Monólogo: o autor fala consigo mesmo, e não apresenta novas personagens.
c) Narrador-observador: narra em terceira pessoa, participa da ação, embora não como protagonista. E narra os fatos não revelando características físicas das personagens.
d) Narrador-observador: narra em terceira pessoa, não participa da ação e revela o que as personagens pensam e sentam.
e) Narrador-personagem: narra em primeira pessoa e não participa da ação que está sendo contada. Ele é apenas figurante.

Gabarito – 6ª Série
Questões Respostas
01. Resposta letra: D
02. Resposta letra: D
03. Resposta letra: E
04. Resposta letra: B
05. Resposta letra: D
06. Resposta letra: E
07. Resposta letra: B
08. Resposta letra: E
09. Resposta letra: A
10. Resposta letra: C
11. Resposta letra: D
12. Resposta letra: B
13. Resposta letra: E
14. Resposta letra: B
15. Resposta letra: A
16. Resposta letra: E
17. Resposta letra: C
18. Resposta letra: A
19. Resposta letra: A
20. Resposta letra: D

Voltei...

Passei pelos meus pensamentos, calei-me para poder me entender, relembrei de coisas que fiz e de tantas outras que poderia ter feito... Senti saudade, remorso, ânsia de viver e escrever minha história, pensando que gostaria mais de acertos do que de erros, mas, sem os tais erros cometidos, como saberia onde estavam os meus acertos???

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Vozes Verbais


As vozes verbais indicam a relação entre o sujeito e a ação expressa pelo verbo. Em português, o verbo se distribui em três vozes:

- Voz ativa: quando o sujeito pratica a ação, logo é um sujeito agente.
Ex: A criança alimentou o animal.
Sujeito / verbo ativo / objeto
No exemplo dado, a criança (sujeito) pratica a ação.

- Voz passiva: quando o sujeito sofre a ação verbal, logo é um sujeito paciente.
Ex: O animal foi alimentado pela criança.
sujeito / verbo passivo / agente
No exemplo dado, o animal (sujeito) recebe a ação.

Há dois tipos de voz passiva:

a) Voz passiva sintética: formada por verbo transitivo na terceira pessoa mais o pronome apassivador se.
Ex: Vende-se computador.

b) Voz passiva analítica: formada pelo verbo auxiliar (ser ou estar) mais o particípio de um verbo transitivo.
Ex: O menino foi penteado pelo pai.
sujeito / locução verbal / agente

- Voz reflexiva: quando o sujeito pratica e ao mesmo tempo recebe a ação. A voz reflexiva apresenta a seguinte estrutura: verbo na voz ativa + pronome oblíquo exercendo a função de objeto.
Ex: A menina penteou-se (a si mesma).
sujeito / verbo / pronome oblíquo o.d.


Agora que já revisou, aproveite e solte a sua voz...

O que é uma oração subordinada adverbial?

A oração subordinada adverbial é aquela que equivale a um advérbio e desempenha, em relação à oração principal, a mesma função que um advérbio desempenharia, ou seja, a função de adjunto adverbial. Por exemplo:

Despediram-se depois que almoçaram.

A oração depois que almoçaram equivale à locução adverbial depois do almoço e desempenha em relação à oração principal a função de adjunto adverbial. As orações subordinadas adverbiais ligam-se, normalmente, à oração principal por meio de conjunções subordinativas: porque, quando, para que...

1. Estrutura da oração subordinada adverbial
A oração subordinada adverbial é introduzida por conjunção subordinativa, podendo vir antes, depois ou mesmo no meio da oração principal.

O sol já ia alto quando ele acordou.
O sol já ia alto – oração principal
quando – conjunção subordinativa
ele acordou – oração subordinada adverbial
Atenção: a uma mesma oração principal também podem estar subordinadas várias orações adverbiais:

Enquanto esperava, o cliente fumava um cigarro
para que ninguém percebesse seu nervosismo.
Enquanto esperava – oração subordinada adverbial
o cliente fumava um cigarro – oração principal
para que ninguém percebesse seu nervosismo – oração subordinada adverbial

Classificação das orações adverbiais
As orações adverbiais classificam-se de acordo com as circunstâncias que exprimem. A Nomenclatura Gramatical Brasileira (NGB) reconhece nove tipos de oração adverbial:

" Causal
" Comparativa
" Concessiva
" Condicional
" Conformativa
" Consecutiva
" Final
" Proporcional
" Temporal



Oração subordinada adverbial causal

É aquela que expressa uma relação de causa e efeito. A causa ou motivo que desencadeia algo é expresso pela oração subordinada. E o efeito, resultado da causa, é expresso pela oração principal.

A lei não foi votada porque não havia quórum.
Oração principal
(efeito) Or. sub. adv. causal
(causa)

No exemplo acima, a oração subordinada porque não havia quórum indica a causa. O efeito está expresso pela oração principal A lei não foi votada. As orações adverbiais causais vêm introduzidas pelas conjunções e locuções conjuntivas causais: porque, visto que, já que, uma vez que, como:

Como não conhecesse ninguém, saiu logo da festa.

Oração subordinada adverbial comparativa

É aquela que expressa uma comparação (de igualdade, superioridade ou inferioridade) em relação
à oração principal. Vem introduzida pela conjunção como, ou pelas estruturas tão... como,
tanto... quanto, mais que, menos que:
"Eu deixo a vida como deixa o tédio
Do deserto o poento caminheiro (...)"
(Álvares de Azevedo)
Os elementos de relação das orações adverbiais comparativas podem estar separados. Uma parte se encontra na oração principal e outra introduz a subordinada:
Ele escreve tão bem quanto lê.

Atenção: uma particularidade das adverbiais comparativas é a elipse do verbo:
Vocês faltaram mais do que nós.
elipse: faltamos

Oração subordinada adverbial concessiva

É aquela que se manifesta como um obstáculo, mas não impede a realização do que é proposto pela oração principal:

Em alguns momentos a concessão não é apenas uma oração subordinada adverbial, como nos casos em que se desculpa a mentira de amigos.

Embora estivesse com dores, participou do campeonato.
Or. sub. adv. concessiva Oração principal

A idéia expressa pela oração principal – participou do campeonato – se mantém, apesar da dificuldade que a oração subordinada impõe: estar com dores. As orações subordinadas adverbiais concessivas vêm freqüentemente introduzidas pela conjunção embora, e também pelas locuções conjuntivas apesar de que, ainda que, mesmo que, se bem que, posto que:

"Foram amigos até a morte, posto que Oliveira não freqüentasse a casa de Magalhães."
(Machado de Assis)

Oração subordinada adverbial condicional

É aquela que impõe uma condição em relação à idéia formulada pela oração principal. Pode ser uma condição para que o fato se realize:

Devolveremos seu dinheiro, se você não ficar satisfeito.

Pode também impor uma condição para que o fato não se realize:
Cumprirei minha promessa, a menos que fique doente.

As orações subordinadas adverbiais condicionais vêm freqüentemente introduzidas pelas conjunções se ou caso, e também pelas locuções conjuntivas contanto que, desde que, a menos que, salvo que, com a condição de que:
"Valeu a pena? Tudo vale a pena
Se a alma não é pequena."
(Fernando Pessoa)

Oração subordinada adverbial conformativa

É aquela que expressa conformidade ou adequação da idéia da oração principal em relação à subordinada, ou seja, o que é proposto na oração principal está de acordo com o que diz a oração subordinada:
Tomou o remédio conforme prescrevia a receita.
Or. principal Or. sub. adv. conformativa

As orações subordinadas adverbiais conformativas vêm geralmente introduzidas pelas conjunções conforme e como, ou, menos freqüentemente, pelas conjunções segundo e consoante:
Como ele mesmo afirma, sua situação é difícil.

Oração subordinada adverbial final

É aquela que expressa finalidade, o objetivo daquilo que é proposto pela oração principal:
Estudarei muito para passar de ano.
Or. principal Or. sub. adv. final

A idéia da oração subordinada para passar de ano expressa o objetivo da idéia formulada pela oração principal Estudarei muito. As orações subordinadas adverbiais finais vêm geralmente introduzidas pela locução conjuntiva para que, mas também podem ser introduzidas por a fim de que, com o objetivo de que, porque:
A fim de que vençam a partida, todos devem jogar bem.

Oração subordinada adverbial consecutiva

Este tipo de oração também estabelece uma relação de causa/efeito, como as adverbiais causais. A diferença é que, neste caso, a subordinada expressa a conseqüência, o efeito, enquanto a causa é indicada pela oração principal:
Corri tanto que fiquei sem fôlego.
Or. principal
(causa) Or. sub. adv. consecutiva
(efeito)
A oração subordinada que fiquei sem fôlego expressa o efeito, a conseqüência do que é proposto pela oração principal Corri tanto. As adverbiais consecutivas vêm introduzidas pela conjunção que (geralmente antecedida por tanto, tão, tamanho...) e pelas locuções de forma que, de modo que, de sorte que:
Esses elementos de relação entre as orações freqüentemente vêm separados, um integrado à oração principal, outro introduzindo a oração subordinada:
Seu olhar era tão profundo que mal pude suportá-lo.

Oração subordinada adverbial proporcional

É aquela que expressa uma proporcionalidade, uma gradação em relação à idéia formulada pela oração principal:
À proporção que o tempo passa, nós melhoramos.
Or. sub. adv. proporcional Oração principal
As orações subordinadas adverbiais proporcionais são introduzidas pelas conjunções conjuntivas à proporção que, à medida que, ao passo que, e pelas estruturas tanto mais... tanto menos, quanto menos... tanto mais, cujos elementos vêm separados, uma parte na oração principal, outra na subordinada:
Quanto mais eu leio, mais aprendo.
Or. sub. adv. proporcional Oração principal

Oração subordinada adverbial temporal

É aquela que exprime uma circunstância de tempo (anterioridade, simultaneidade, posterioridade) em relação à idéia formulada pela oração principal:
Estarei em casa quando você chegar.

As adverbiais temporais vêm geralmente introduzidas pelas conjunções quando, enquanto, mal,e pelas locuções conjuntivas assim que, desde que, logo que, depois que, antes que:
"Enquanto os homens exercem seus
podres poderes, motos e fuscas
avançam os sinais vermelhos."
(Caetano Veloso)

Espero que você tenha compreendido com as explicações e os exemplos dados, porém, se houver qualquer dúvida, sinta-se livre para solicitar mais explicações ou exemplos...
Beijo grande, até a próxima!